ENFERMAGEM E SEUS SÍMBOLOS

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LAMPARINA UMA LUZ PARA OS NECESSITADOS
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terça-feira, 8 de dezembro de 2009

Área de enfermagem procura novos talentos

Quem acha que o trabalho na área da enfermagem envolve somente o apoio médico em clínicas e hospitais, se engana. Os profissionais realizam pesquisas, trabalham dentro de empresas e academias, dão aulas em escolas e universidades e administram equipes. Os enfermeiros são responsáveis por 65% das ações de qualidade e atenção à saúde no país.


Apesar da diversidade de atuação, o mercado ainda tem deficiência de profissionais que atendam à demanda nacional. Segundo Míriam Heidemann, enfermeira e professora da Faculdade de Medicina de Petrópolis, a demanda de formação de profissionais dessa área não condiz com a necessidade do país. “A proporção de médicos e enfermeiros no Brasil está em 9,1 médicos para 1 enfermeiro. Em países desenvolvidos, essa situação é inversa, o que garante maior sucesso nas ações de saúde, tendo em vista as especificidades técnicas no trabalho do enfermeiro na promoção à saúde e prevenção de doenças”, afirma.


De acordo com dados obtidos em 2002 pelo Conselho Federal de Enfermagem, em toda a região norte do país existem somente 4.724 enfermeiros. Na região centro-oeste 6.131, no nordeste 22.032, no sul 16.806 e no sudeste 48.275, a área de maior concentração.
Na avaliação de Heidemann, essa desproporção acontece porque “ainda existe uma cultura, em determinadas regiões do país, de que profissões de maior prestígio são as de medicina e odontologia”.


Remuneração


A enfermagem pode ser uma profissão com boa remuneração. Os salários dependem do poder aquisitivo do local de trabalho e do tipo de trabalho desenvolvido pelo enfermeiro. Os consultores e pesquisadores, por exemplo, têm seus salários base em torno de R$ 4.650,00 e recebem, à parte, valores relacionados às tarefas desempenhadas.


De acordo com a professora Miriam Heidemann, a qualificação é um ponto fundamental no critério de remuneração. “Quanto maior a escolaridade do enfermeiro, em termos de pós-graduações lato sensu (especializações) e strictu senso (mestrados e doutorados) maiores conquistas salariais”.


As grandes empresas também oferecem bons salários aos profissionais especializados em Enfermagem do Trabalho. A remuneração inicial é R$ 3.000,00, podendo chegar a R$ 8.000,00 ou mais, dependendo do tamanho da companhia. Entre as atividades desempenhadas estão a identificação e promoção das necessidades no campo de segurança, higiene e melhoria do ambiente de trabalho, executando programas de proteção à saúde dos empregados.


Pré-requisitos


Curiosidade, gostar de estudar, ter hábito de leitura, ter habilidade de comunicação, paixão pelo que faz, potencial de crítica e reflexão, habilidade/destreza corporal e manual são algumas das características necessárias ao profissional de enfermagem, conforme aponta a professora Miriam Heidemann.



“ Amar a beleza da vida e do homem, lidar e apoiar o nascer e o morrer como condições de existência, sensibilidade para lidar com a dor dos outros, ter empatia e estar ciente de que tudo se transforma são aspectos que o profissional de enfermagem deve valorizar”, afirma.


Campos em expansão



As estratégias de saúde da família estão em expansão em todo o país. Há municípios em que essas unidades não funcionam pela falta de médicos e enfermeiros, especialmente em áreas da região norte e nordeste.
A home care, que é o atendimento domiciliar, também está ampliando sua atuação na medida em que humaniza o atendimento ao paciente, que fica próximo da sua família. O enfermeiro, neste caso, pode empresariar uma unidade de atendimento deste tipo ou ser contrato por seguradora, plano de saúde ou hospital para essas funções.

O campo da pesquisa na área da saúde e da enfermagem é outro campo em permanente expansão.



As especializações nas diversas áreas da saúde – oncologia, estética, obstetrícia, geriatria, ortopedia etc – também necessitam de um profissional de enfermagem com treinamento específico para esses setores. Além do especialista. Heidemann lembra que o mercado carece de enfermeiros com habilidades gerenciais e administrativas para participar ativamente da gestão hospitalar e de outras ações ligadas à consultoria e auditoria na área de saúde.

VAGAS PARA ENFERMEIRO NA EUROPA

http://cilenebonfim.com/100-vagas-para-enfermeiro-na-espanha/

NOTICIAS SOBRE A CARREIRA DE ENFERMAGEM

http://cogitare.forumenfermagem.org/2008/08/01/noticias-sobre-a-carreira-de-enfermagem/

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Cálculo de Gotejamento de Soro

Existem alguns conhecimentos básicos em Enfermagem, o cálculo de gotejamento de soro é um deles, mesmo com facilidades das confiáveis Bombas de Infusão muito comuns principalmente em UTIs, o profissional de enfermagem precisa saber e muito bem tanto como calcular o gotejamento do soro tanto em Cálculo de Gotejamento de Soro. O cálculo de velocidade de gotejamento em equipo macrogotas exige dois passos, mas é muito simples e de fácil memorização.

Fórmula gota

O numero de macrogotas (ou gotas, é o mesmo) por minuto é:
Volume total em ml dividido pelo numero de horas a infundir vezes 3.

Entenda que é de fácil memorização, e o mais comum tipo de controle de infusão, o único a mais é que o numero de horas é multiplicado por 3 e esse numero é o que usamos para dividir o tempo.

O tempo é multiplicado por três por um simples motivo que explicarei logo mais.

Segue um exemplo prático:

O cálculo para gotejamento com equipo de microgotas é ainda mais simples que o anterior pois só tem um passo. O numero de microgotas por minuto é:

Volume em ml dividido pelo numero de horas a infundir, só isso!

Fórmula microgotas

Como perceberam a relação entre microgotas por minuto e ml por hora é igual, uma regra de ouro é que o numero de microgotas é igual a quantidade de ml hora infundido:

Se você precisa infundir 40ml por hora é só controlar 40 microgotas por minuto.

Exemplo microgotas

Agora que você já conhece bem gotas e microgotas, posso explicar porque na fórmula de gotas é multiplicado o tempo por 3 e na de microgotas não, vai mais uma regra de outro, uma gota contém 3 microgotas, por isso da multiplicação na fórmula anterior.
Guardando esses conceitos que repito, são de fácil memorização o profissional de enfermagem nunca vai passar grandes apuros em cálculo de gotejamento.
Para concluir normalmente o resultado é arredondado da seguinte forma, até antes de meio é arredondado para baixo, igual ou passou de meio é arredondado para cima.

Por exemplo, 27,4 será 27gt/min (27 gotas por minuto) já 27,5 será 28 gt/min.

Seguem dois exercícios para treino, procure faze-los antes de ver o resultado, e evite usar calculadoras, faça primeiro as contas "na mão" mesmo isso melhora o raciocínio.

Foi prescrito para um paciente internado em clínica médica nas 24 horas: Soro fisiológico a 0,9% 1000 ml iv + Soro glicosado 5% 1000 ml iv. Qual deve ser gotejamento ser calculado?

A) 14 gotas/minuto
B) 21 gotas/minuto
c) 28 gotas/minuto
D) 30 gotas/minuto

nº gts = volume total dividido pelo nº horas x 3

nº gts= 2000 / 24 x 3 ( entenda o "/" como dividido)
nº gts = 2000 / 72

nº gtas= 27.77777 arredondados 28

Resposta "C", 28 gotas/minuto.

Foi prescrito para um paciente internado em clínica médica nas 24 horas: Soro fisiológico a 0,9% 1000 ml iv + Soro glicosado 5% 1000 ml iv. Qual deve ser gotejamento em micro-gotas?

http://www.cepatsc.com.br Fornecido por Joomla! Produzido em: 20 August, 2009, 02:54

A) 28 micro-gotas/min
B) 83 micro-gotas/min
C) 40 micro-gotas/min
D) 65 micro-gotas/min

nº microgotas = volume total / nº horas
nº microgotas = 2000 / 24

nº microgotas = 83,3333333

arredondando= 83 microgotas

Resposta "B" 83mgt/min

Pratique sempre, evite usar a calculadora para as contas diretamente, as use só depois de fazer o cálculo na mão para
conferir, treinar cálculo desenvolve o raciocínio e exercita a mente.

TABELA DE GOTEJAMENTO DE SORO

TABELA DE GOTEJAMENTO DE SORO

Quantidade 500 ml 1000 ml 2000 ml

Nºhoras Nºgotas Nºgotas Nºgotas

24 7,0 14,0 27,0

18 9,0 18,0 37,0

12 14,0 27,0 55,0

10 16,0 33,0 66,0

8 21,0 42,0 83,0

6 27,0 55,0 111,0


Obs.: 1) Para controle mais preciso de gotejamento e quantidade a ser infundida existem aparelhos apropriados, como a bomba infusora.

CÁLCULO DE MEDICAÇÃO

http://mandrake.mat.ufrgs.br/~mem023/20072/liliane/cmedicamentos.html


http://ivancampos.com.br/calculos


http://www.portalfarmacia.com.br/farmacia/principal/conteudo.asp?id=7921


http://www.sinprafarmas.org.br/Atuali_Balconista/calculos.htm

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Injeção Intramuscular (Fórmulas)

Introdução da medicação dentro do corpo muscular;
Para introdução e substância irritante com doses até 5 ml, efeito relativamente rápido, pode ser veículo aquoso ou oleoso;
a seringa é de acordo com o volume a ser injetado;
a agulha varia de acordo com a idade, tela subcutânea e solubilidade da droga;
agulhas: 25x7/8, 30x7/8;
locais de aplicação: distantes vasos e nervos, musculatura desenvolvida, irritabilidade da droga (profunda), espessura do tecido adiposo, preferência do paciente.

Região Deltóide:
Traçar um retângulo na região lateral do braço iniciando de 3 a 5 cm do acrômio (3 dedos), o braço deve estar flexionado em posição anatômica;
Não pode ser com substâncias irritantes acima de 2 ml.

Região dorsoglútea:
Traçar linha partindo da espinha ilíaca póstero-superior até o grande trocânter do fêmur, puncionar acima desta linha (quadrante superior externo);
Em dorso lateral (DL): posição de Sims;
Em pé: fazer a contração dos músculos glúteos fazendo a rotação dos pés para dentro e braços ao longo do corpo.

Região ventroglútea (Hochsteter)
Colocar a mão E no quadril D, apoiando com o dedo indicador na espinha ilíaca ântero-superior D, abrir o dedo médio ao longo da crista ilíaca espalmando a mão sobre a base do grande trocânter do fêmur e formar com o dedo indicador um triângulo. Se a aplicação for feita do lado esquerdo do paciente, colocar o dedo médio na espinha ilíaca ântero-superior e afastar o indicador para formar o triângulo. A aplicação pode ser feita em ambos locais.
Região face ântero-lateral da coxa:
Retângulo delimitado pela linha média anterior e linha média lateral da coxa, de 12 a 15 cm abaixo do grande trocânter do fêmur e de 9 a 12 cm acima do joelho, numa faixa de 7 a 10 cm de largura;
Agulha curta: criança 15/20, adulto 25;
Angulação oblíqua de 45º em direção podálica;
Aplicação: pinçar o músculo com o polegar e o indicador, introduzir a agulha einjetar lentamente a medicação, retirar a aguhla rapidamente colocando um algodão, massagear por uns instantes.

sexta-feira, 3 de julho de 2009

Diferenças Básicas entre os Profissionais de Enfermagem:

http://www.marimar.com.br/medico/diferencas_basicas.htm

Datas Comemorativas da Área da Saúde

JANEIRO

02 Dia do Sanitarista
03 Dia Nacional da Abreugrafia
04 Dia do Hemofílico
14 Dia do Enfermo19 Dia do Terapeuta Ocupacional
20 Dia do Farmacêutico
24 Dia da Previdência Social
24 Dia Mundial do Hanseniano



FEVEREIRO

05 Dia da Papiloscopia

11 Dia Mundial do Enfermo
18 Dia Início da semana Nacional Contra o Alcoolismo
27 Dia do Idoso


MARÇO

08 Dia Internacional da Mulher
31 Dia da Saúde e Nutrição



ABRIL

04 Dia Nacional do Parkinsoniano

07 Dia do Médico Legista
07 Dia Mundial da Saúde
08 Dia Mundial de Combate ao Câncer
12 Dia da Obstetriz
14 Dia do Técnico em Serviço de Saúde



MAIO

07 Dia do Oftalmologista

08 Dia do Prosissional de Marketing
08 Dia Internacional da Cruz Vermelha
12 Dia da Enfermagem
12 Dia Mundial da Enfermeira
12 Dia do Enfermeiro
15 Dia do Assistente Social
15 Dia do Combate a Infecção Hospitalar
25 Dia do Massagista
31 Dia Mundial sem Tabaco



JUNHO

03 Dia Mundial do Administrador Pessoal

05 Dia Mundial do Meio Ambiente
09 Dia Mundial da Imunização
11 Dia do Educador Sanitário
18 Dia do Químico
26 Dia Nacional de Combate às Drogas



JULHO

01 Dia do Engenheiro de Saneamento
02 Dia do Hospital
10 Dia da Saúde Ocular
13 Dia do Engenheiro de Saneamento
14 Dia Nacional do Enfêrmo
27 Dia Nacional de Prevenção de Acidentes de Trabalho
29 Aniversário de Criação do Ministério da Saúde (1920 - 25/07/53)



AGOSTO

05 Dia Nacional da Saúde
05 Dia Nacional da Farmácia
27 Dia Nacional do Psicólogo
29 Dia Nacional de Combate ao Fumo
31 Dia do Nutricionista



SETEMBRO

03 Dia do Biólogo
05 Dia do Oficial de Farmácia
09 Dia do Médico Veterinário
27 Dia Internacional do Idoso



OUTUBRO

03 Dia Mundial do Dentista
11 Dia do Deficiente Físico
12 Dia da Cirurgia Infantil
13 Dia do Fisioterapeuta
13 Dia da Terapia Ocupacional
16 Dia Mundial da Alimentação
16 Dia do Anestesista
18 Dia do Médico
25 Dia da Saúde Dentária
25 Dia do Dentista Brasileiro



NOVEMBRO

10 Dia Nacional da Surdez
14 Dia Mundial e Nacional do Diabético
16 Dia do Não Fumar
17 Dia Nacional de Combate a Tuberculose
21 Dia da Homeopatia
25 Dia Nacional do Doador de Sangue
27 Dia Internacional e Nacional de Combate e Luta Contra o Câncer
27 Dia do Téc. de Segurança do Trabalho



DEZEMBRO

01 Dia Mundial de Prevenção Contra a AIDS
02 Dia Panamericano da Saúde
03 Dia Internacional do Deficiente Físico
04 Dia do Podólogo
09 Dia da Criança Defeituosa
09 Dia do Fonoaudiólogo
13 Dia do Cego
13 Dia do Ótico

Dicionario de Enfermagem

http://www.marimar.com.br/doencas/dicionario/relacao_dicionario.htm

Oximetro de Pulso

1) – Conceito

É um método não evasivo, simples de monitorar a porcetagem de saturação do sangue, avaliando o comportamento de absorção da oxi-hemoglobina e deoxi- hemoglobina em relação aos comprimeto de luz vermelha infravermelho de dois waveslfengths (650 nm e 805 nm). Esta luz é absorvida pela Hemoglobina, dando assim o resultado de saturação.
Apenas para recordar, á hemoglobina (HB) é a proteína que contém ferro sob a forma de uma fração chamada “heme”, contida nos globos vermelhos, aos quais ela da a cor. E o veículo do óxigênio no sangue.

2) – Dos aparêlhos

Este não só monitora os valores de saturação da hemoglobina, mas também a freqüencia cardiaca.
Existem vários tipos e marcas e geralmente são importados. Os primeiros, foram desenvolvidos há mais ou menos 50 anos e até hoje sofrem modificações, para torna-los cada vez mais prescisos;
O seu uso em grande maioria é colocado (NO ADULTO) nas pontas dos dedos ou no Lobo da orelha , e em crianças ( Neo), na ponta do nariz.

Hoje o seu custo é baixo em relação do serviço que presta. Faz a medição rápida e dispensa outros aparêlhos correlatos. O seu uso continuo, pode chegar a 18 horas sem carregar suas baterias. – Veja sua descrição Técnica.

3) – Do seu uso:

Usado geralmente por anestesistas, serviços de emergências, home-care, clinicas, hospitais, cuidados respiratórios, cuidados pulmonares, enfermagem, pediatria, salas de U.T.I. e recuperação, triagem em primeiros socorros, etc. É compacto leve e fácil levar, até em maletas, kits, e bolsas, com o seu pêso inferior de 90 gramas. Sua manutenção é periódica. Para manter um bom nivel de leitura, após o seu trabalho continuo de até 18 horas, sua pilha ou baterria, será regarregadas em 15 horas. É necessário ter duas ou três pilhas carregadas sempre em mãos.

sábado, 27 de junho de 2009

SITES DE CURRICULOS

http://www.portaldoenfermeiro.com.br/site/home.aspx

http://www.catie.com.br/eventos.htm

MENSAGENS

“Logo ao amanhecer, começam a se movimentar, na luta contra a dor para a vida de o seu semelhante salvar.
Chamadas a todos os cantos, a todos atende com muito amor, as vezes mal compreendidas, sem o semelhante reconhecer seu valor.
As vezes até nem é culpada, de demorar a atender, esquecemos que esteve ocupada, com outro caso grave para resolver.
Com suas fardas brancas e lindas, estão atentas à toda hora, para trazer o bálsamo que cura, como um anjo de nossa senhora.
Todos os doentes curados, saem alegres, por voltarem ao lar, elogiam sempre os médicos, mas esquecem das enfermeiras elogiar.
A elas devemos tributar, grande parte da nossa gratidão, pois contribuíram como puderam, para nossa recuperação.”



MENSAGEM
No mercado de trabalho em que vivemos é fundamental que o profissional se qualifique, acompanhando as mudanças e novas tecnologias implantadas no serviço de saúde, mantendo-se competitivo. O conhecimento adquirido é um instrumento com retorno garantido.


terça-feira, 23 de junho de 2009

Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem

CAPÍTULO I

Dos Princípios Fundamentais

Art. 1º - A Enfermagem é uma profissão comprometida com a saúde do ser humano e da coletividade.

Atua na promoção, proteção, recuperação da saúde e reabilitação das pessoas, respeitando os preceitos éticos e legais.

Art. 2º - O profissional de Enfermagem participa, como integrante da sociedade, das ações que visem satisfazer às necessidades de saúde da população.

Art. 3º - O profissional de Enfermagem respeita a vida, a dignidade e os direitos da pessoa humana, em todo o seu ciclo vital, sem discriminação de qualquer natureza.

Art. 4º - O profissional de Enfermagem exerce suas atividades com justiça, competência, responsabilidade e honestidade.

Art. 5º - O profissional de Enfermagem presta assistência a saúde visando a promoção do ser humano como um todo.

Art. 6º - O profissional de Enfermagem exerce a profissão com autonomia, respeitando os preceitos legais da Enfermagem.

CAPÍTULO II

Dos Direitos

Art. 7º - Recusar-se a executar atividades que não sejam de sua competência legal.

Art. 8º - Ser informado sobre o diagnóstico provisório ou definitivo de todos os clientes que estejam sob sua assistência.

Art. 9º - Recorrer ao Conselho Regional de Enfermagem, quando impedido de cumprir o presente Código e a Lei do Exercício Profissional.

Art. 10 - Participar de movimentos reivindicatórios por melhores condições de assistência, de trabalho e remuneração.

Art. 11 - Suspender suas atividades, individual ou coletivamente, quando a instituição pública ou privada para a qual trabalhe não oferecer condições mínimas para o exercício profissional, ressalvadas as situações de urgência e emergência, devendo comunicar imediatamente sua decisão ao Conselho Regional de Enfermagem.

Parágrafo único - Ao cliente sob sua responsabilidade, deve ser garantida a continuidade da assistência de Enfermagem.

Art. 12 - Receber salários ou honorários pelo seu trabalho que deverá corresponder, no mínimo, ao fixado por legislação específica.

Art. 13 - Associar-se, exercer cargos e participar das atividades de entidades de classe.

Art. 14 - Atualizar seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais.

Art. 15 - Apoiar as iniciativas que visem ao aprimoramento profissional, cultural e a defesa dos legítimos interesses de classe.

CAPÍTULO III

Das Responsabilidades

Art. 16 - Assegurar ao cliente uma assistência de Enfermagem livre de danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência.

Art. 17 - Avaliar criteriosamente sua competência técnica e legal e somente aceitar encargos ou atribuições, quando capaz de desempenho seguro para si e para a clientela.

Art. 18 - Manter-se atualizado ampliando seus conhecimentos técnicos, científicos e culturais, em benefício da clientela, coletividade e do desenvolvimento da profissão.

Art. 19 - Promover e/ou facilitar o aperfeiçoamento técnico, científico e cultural do pessoal sob sua orientação e supervisão.

Art. 20 - Responsabilizar-se por falta cometida em suas atividades profissionais, independente de ter sido praticada individualmente ou em equipe.

CAPÍTULO IV

Dos Deveres

Art. 21 - Cumprir e fazer cumprir os preceitos éticos e legais da profissão.

Art. 22 - Exercer a enfermagem com justiça, competência, responsabilidade e honestidade.

Art. 23 - Prestar assistência de Enfermagem à clientela, sem discriminação de qualquer natureza.

Art. 24 - Prestar à clientela uma assistência de Enfermagem livre dos riscos decorrentes de imperícia, negligência e imprudência.

Art. 25 - Garantir a continuidade da assistência de Enfermagem.

Art. 26 - Prestar adequadas informações ao cliente e família a respeito da assistência de Enfermagem, possíveis benefícios, riscos e conseqüências que possam ocorrer.

Art. 27 - Respeitar e reconhecer o direito do cliente de decidir sobre sua pessoa, seu tratamento e seu bem-estar.

Art. 28 - Respeitar o natural pudor, a privacidade e a intimidade do cliente.

Art. 29 - Manter segredo sobre fato sigiloso de que tenha conhecimento em razão de sua atividade profissional, exceto nos casos previstos em Lei.

Art. 30 - Colaborar com a equipe de saúde no esclarecimento do cliente e família sobre o seu estado de saúde e tratamento, possíveis benefícios, riscos e conseqüências que possam ocorrer.

Art. 31 - Colaborar com a equipe de saúde na orientação do cliente ou responsável, sobre os riscos dos exames ou de outros procedimentos aos quais se submeterá.

Art. 32 - Respeitar o ser humano na situação de morte e pós-morte.

Art. 33 - Proteger o cliente contra danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência por parte de qualquer membro da equipe de saúde.

Art. 34 - Colocar seus serviços profissionais à disposição da comunidade em casos de emergência, epidemia e catástrofe, sem pleitear vantagens pessoais.

Art. 35 - Solicitar consentimento do cliente ou do seu representante legal, de preferência por escrito, para realizar ou participar de pesquisa ou atividade de ensino em Enfermagem, mediante apresentação da informação completa dos objetivos, riscos e benefícios, da garantia do anonimato e sigilo, do respeito a privacidade e intimidade e a sua liberdade de participar ou declinar de sua participação no momento que desejar.

Art. 36 - Interromper a pesquisa na presença de qualquer perigo a vida e a integridade da pessoa humana.

Art. 37 - Ser honesto no relatório dos resultados da pesquisa.

Art. 38 - Tratar os colegas e outros profissionais com respeito e consideração.

Art. 39 - Alertar o profissional, quando diante de falta cometida por imperícia, imprudência e negligência.

Art. 40 - Comunicar ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que infrinjam preceitos do presente Código e da Lei do Exercício Profissional.

Art. 41 - Comunicar formalmente ao Conselho Regional de Enfermagem fatos que envolvam recusa ou demissão de cargo, função ou emprego, motivados pela necessidade do profissional em preservar os postulados éticos e legais da profissão.

CAPÍTULO V

Das Proibições

Art. 42 - Negar assistência de Enfermagem em caso de urgência ou emergência.

Art. 43 - Abandonar o cliente em meio a tratamento sem garantia de continuidade da assistência.
Art. 44 - Participar de tratamento sem consentimento do cliente ou representante legal, exceto em iminente risco de vida.

Art. 45 - Provocar aborto ou cooperar em prática destinada a interromper a gestação.

Parágrafo único - Nos casos previstos em Lei, o profissional deverá decidir, de acordo com a sua consciência, sobre a sua participação ou não no ato abortivo.

Art. 46 - Promover a eutanásia ou cooperar em prática destinada a antecipar a morte do cliente.

Art. 47 - Ministrar medicamentos sem certificar-se da natureza das drogas que o compõem e da existência de risco para o cliente.

Art. 48 - Prescrever medicamentos ou praticar ato cirúrgico, exceto os previstos na legislação vigente e em caso de emergência.

Art. 49 - Executar a assistência de Enfermagem sem o consentimento do cliente ou seu representante legal, exceto em iminente risco de vida.

Art. 50 - Executar prescrições terapêuticas quando contrárias à segurança do cliente.

Art. 51 - Prestar ao cliente serviços que por sua natureza incumbem a outro profissional, exceto em caso de emergência.

Art. 52 - Provocar, cooperar ou ser conivente com maus-tratos.

Art. 53 - Realizar ou participar de pesquisa ou atividade de ensino, em que o direito inalienável do homem seja desrespeitado ou acarrete perigo de vida ou dano à sua saúde.

Parágrafo único - A participação do profissional de Enfermagem nas pesquisas experimentais, deve ser precedida de consentimento, por escrito, do cliente ou do seu representante legal.

Art. 54 - Publicar trabalho com elementos que identifiquem o cliente, sem sua autorização.

Art. 55 - Publicar, em seu nome, trabalho científico do qual não tenha participação ou omitir em publicações, nomes de colaboradores e/ou orientadores.

Art. 56 - Utilizar-se, sem referência ao autor ou sem autorização expressa, de dados, informações ou opiniões ainda não publicados.

Art. 57 - Sobrepor o interesse da ciência ao interesse e segurança da pessoa humana.

Art. 58 - Determinar a execução de atos contrários ao Código de Ética e demais legislações que regulamentam o exercício profissional da Enfermagem.

Art. 59 - Trabalhar e/ou colaborar com pessoas físicas e/ou jurídicas que desrespeitem princípios éticos de Enfermagem.

Art. 60 - Acumpliciar-se com pessoas ou instituições que exerçam ilegalmente atividades de Enfermagem.

Art. 61 - Pleitear cargo, função ou emprego ocupado por colega, utilizando-se de concorrência desleal.

Art. 62 - Aceitar, sem anuência do Conselho Regional de Enfermagem, cargo, função ou emprego vago em decorrência do previsto no Art. 41.

Art. 63 - Permitir que seu nome conste no quadro de pessoal de hospital, casa de saúde, unidade sanitária, clínica, ambulatório, escola, curso, empresa ou estabelecimento congênere sem nele exercer as funções de Enfermagem pressupostas.

Art. 64 - Assinar as ações de Enfermagem que não executou, bem como permitir que outro profissional assine as que executou.

Art. 65 - Receber vantagens de instituição, empresa ou de cliente, além do que lhe é devido, como forma de garantir assistência de Enfermagem diferenciada ou benefícios de qualquer natureza para si ou para outrem.

Art. 66 - Colaborar, direta ou indiretamente com outros profissionais de saúde, no descumprimento da legislação referente aos transplantes de órgãos, tecidos, esterilização ou fecundação artificial.

Art. 67 - Usar de qualquer mecanismos de pressão e/ou suborno com pessoas físicas e/ou jurídicas para conseguir qualquer tipo de vantagem.

Art. 68 - Utilizar, de forma abusiva, o poder que lhe confere a posição ou cargo, para impor ordens, opiniões, inferiorizar as pessoas e/ou dificultar o exercício profissional.

Art. 69 - Ser conivente com crime, contravenção penal ou ato praticado por membro da equipe de trabalho que infrinja postulado ético profissional.

Art. 70 - Denegrir a imagem do colega e/ou de outro membro da equipe de saúde, de entidade de classe e/ou de instituição onde trabalha.

CAPÍTULO VI

Dos Deveres Disciplinares

Art. 71 - Cumprir as normas dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem.

Art. 72 - Atender às convocações dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, no prazo determinado.

Art. 73 - Facilitar a fiscalização do exercício profissional.

Art. 74 - Manter-se regularizado com suas obrigações financeiras com o Conselho Regional de Enfermagem.

Art. 75 - Apor o número de inscrição do Conselho Regional de Enfermagem em sua assinatura, quando no exercício profissional.

Art. 76 - Facilitar a participação dos profissionais de Enfermagem no desempenho de atividades nos órgãos de classe.

Art. 77 - Facilitar o desenvolvimento das atividades de ensino e pesquisa, devidamente aprovadas.

Art. 78 - Não apropriar-se de dinheiro, valor ou qualquer bem imóvel, público ou particular de que tenha posse, em razão do cargo, ou desviá-lo em proveito próprio ou de outrem.

Capítulo VII

Das Infrações e Penalidades

Art. 79 - A caracterização das infrações éticas e disciplinares e a aplicação das respectivas penalidades regem-se por este Código, sem prejuízo das sanções previstas em outros dispositivos legais.

Art. 80 - Considera-se infração ética a ação, omissão ou conivência que implique em desobediência e/ou inobservância às disposições do Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Art. 81 - Considera-se infração disciplinar a inobservância das normas dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem.

Art. 82 - Responde pela infração quem a cometer ou concorrer para a sua prática, ou dela obtiver benefício, quando cometida por outrem.

Art. 83 - A gravidade da infração é caracterizada através da análise dos fatos e causas do dano, suas conseqüências e dos antecedentes do infrator.

Art. 84 - A infração é apurada em processo instaurado e conduzido nos termos deste Código.

Art. 85 - As penalidades a serem impostas pelos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem, conforme o que determina o Art. 18, da Lei nº 5.905, de 12 de julho de 1973, são as seguintes:

I - Advertência verbal.

II - Multa.

III - Censura.

IV - Suspensão do exercício profissional.

V - Cassação do direito ao exercício profissional.

Parágrafo primeiro - A advertência verbal consiste numa admoestação ao infrator, de forma reservada, que será registrada no prontuário do mesmo, na presença de duas testemunhas.

Parágrafo segundo - A multa consiste na obrigatoriedade de pagamento de 01 (um) a 10 (dez) vezes o valor da anuidade da categoria profissional a qual pertence o infrator, em vigor no ato do pagamento.

Parágrafo terceiro - A censura consiste em repreensão que será divulgada nas publicações oficiais dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem.

Parágrafo quarto - A suspensão consiste na proibição do exercício da Enfermagem por um período não superior a 29 (vinte e nove) dias e será divulgada nas publicações oficiais dos
Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem.

Parágrafo quinto - A cassação consiste na perda do direito ao exercício da Enfermagem e será divulgada nas publicações dos Conselhos Federal e Regionais de Enfermagem e em jornais de grande circulação.

Art. 86 - As penalidades de advertência verbal, multa, censura e suspensão do exercício Profissional são da alçada dos Conselhos Regionais de Enfermagem; a pena de cassação do direito ao exercício Profissional é de competência do Conselho Federal de Enfermagem, conforme o disposto no Art. 18, parágrafo primeiro, da Lei nº 5.905/73.

Parágrafo único - Na situação em que o processo tiver origem no Conselho Federal de Enfermagem, terá como instância superior a Assembléia dos Delegados Regionais.

Art. 87 - Para a graduação da penalidade e respectiva imposição consideram-se:

I - A maior ou menor gravidade da infração.

II - As circunstâncias agravantes e atenuantes da infração.

III - O dano causado e suas conseqüências.

IV - Os antecedentes do infrator.

Art. 88 - As infrações serão consideradas leves, graves ou gravíssimas, conforme a natureza do ato e a circunstância de cada caso.

Parágrafo primeiro - São consideradas infrações leves as que ofendam a integridade física, mental ou moral de qualquer pessoa, sem causar debilidade.

Parágrafo segundo - São consideradas infrações graves as que provoquem perigo de vida, debilidade temporária de membro, sentido ou função em qualquer pessoa.

Parágrafo terceiro - São consideradas infrações gravíssimas as que provoquem morte, deformidade permanente, perda ou inutilização de membro, sentido, função ou ainda, dano moral irremediável em qualquer pessoa.

Art. 89 - São consideradas circunstâncias atenuantes:

I - Ter o infrator procurado, logo após a infração, por sua espontânea vontade e com eficiência, evitar ou minorar as conseqüências do seu ato.

II - Ter bons antecedentes profissionais.

III - Realizar atos sob coação e/ou intimidação.

IV - Realizar atos sob emprego real de força física.

V - Ter confessado espontaneamente a autoria da infração.

Art. 90 - São consideradas circunstâncias agravantes:

I - Ser reincidente.

II - Causar danos irreparáveis.

III - Cometer infração dolosamente.

IV - Cometer infração por motivo fútil ou torpe.

V - Facilitar ou assegurar a execução, a ocultação, a impunidade ou a vantagem de outra infração.
VI - Aproveitar-se da fragilidade da vítima.

VII - Cometer a infração com abuso de autoridade ou violação do dever inerente ao cargo ou
função.

VIII - Ter mais antecedentes pessoais e/ou profissionais.

Capítulo VIII

Da Aplicação das Penalidades

Art. 91 - As penalidades previstas neste Código somente poderão ser aplicadas,
cumulativamente, quando houver infração a mais de um artigo.

Art. 92 - A pena de Advertência Verbal é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 16 a 26; 28 a 35; 37 a 44; 47 a 50; 52; 54; 56; 58 a 62 e 64 a 78 deste
Código.

Art. 93 - A pena de Multa é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 16 a 75 e 77 a 79, deste Código.

Art. 94 - A pena de Censura é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos
artigos: 16; 17; 21 a 29; 32; 35 a 37; 42; 43; 45 a 53; 55 a 75 e 77 a 79, deste Código.

Art. 95 - A pena de Suspensão do Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 16; 17; 21 a 25; 29; 32; 36; 42; 43; 45 a 48; 50 a 53; 57 a 60; 63; 66; 67; 70 a 72; 75 e 79, deste Código.

Art. 96 - A pena de Cassação do Direito ao Exercício Profissional é aplicável nos casos de infrações ao que está estabelecido nos artigos: 16; 24; 36; 42; 45; 46; 51 a 53; 57; 60; 70 e 79, deste Código.

CAPÍTULO IX

Das Disposições Gerais

Art. 97 - Os casos omissos serão resolvidos pelo Conselho Federal de Enfermagem.

Art. 98 - Este Código poderá ser alterado pelo Conselho Federal de Enfermagem, por iniciativa própria e/ou mediante proposta de Conselhos Regionais.

Parágrafo único - A alteração referida deve ser precedida de ampla discussão com a categoria.

Art. 99 - O presente Código entrará em vigor na data de sua publicação, revogando os demais disposições em contrário.

Resolução COFEN-240/2000

Aprova o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem e dá outras providências.

O Conselho Federal de Enfermagem-COFEN, no uso de suas atribuições legais e regimentais;

CONSIDERANDO a Lei nº 5.905/73, em seu artigo 8º, inciso III;

CONSIDERANDO o resultado dos estudos originários de seminários realizados pelo COFEN com participação dos diversos segmentos da profissão;

CONSIDERANDO o que consta dos PADs COFEN nºs 83/91, 179/91, 45/92 e 119/92;

CONSIDERANDO a deliberação do Plenário em sua 288ª Reunião Ordinária;

RESOLVE:

Art. 1º - Fica aprovado o Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem, para aplicação na jurisdição de todos os Conselhos de Enfermagem.

Art. 2º - Todos os profissionais de Enfermagem poderão conhecer o inteiro teor do presente Código, bastando para tanto, requerê-lo no Conselho Regional de Enfermagem do Estado onde exerce suas atividades.

Art. 3º - Aplicam-se aos Atendentes de Enfermagem e assemelhados que exercem atividades na área de Enfermagem, todos os preceitos contidos no Código de Ética dos Profissionais de Enfermagem.

Art. 4º - Este ato resolucional entrará em vigor na data de sua publicação, revogando-se as disposições em contrário, em especial, as Resoluções COFEN-160/93, 161/93 e 201/97.
Rio de Janeiro, 30 de agosto de 2000

Gilberto Linhares Teixeira
COREN-RJ Nº 2.380
Presidente

João Aureliano Amorim de Sena
COREN-RN Nº 9.176
Primeiro Secretário

Fonte:http://www.enfmed.kit.net

SAÚDE E DOENÇA

Comumente, em nível de organismo tem-se por definição de saúde como sendo a do estado oposto ao da doença e, em decorrência corresponderia a conceito que se subordina a à ausência desta.
As situações ideais têm inspirado conceituações de saúde. Não obstante, incidem invariavelmente em deficiências que tendem a se acentuar, à medida que se aprofundam no terreno da imprecisão dos enunciados. A mais potente nesse sentido, e talvez a mais difundida, vem a ser a que foi elaborada pela OMS e que figura no preâmbulo de sua Constituição. Diz ela que saúde vem a ser "o estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas a ausência de doença". É evidente a falta de precisão, em especial no que concerne ao significado da expressão "completo bem-estar". Certamente, este pode variar de acordo com o indivíduo, o tempo e o espaço. Em outras palavras, o que é bom para um não é obrigatoriamente para outro, e nem a presença de bem-estar significa a ausência de doença.
A noção de estado normal encontra-se claramente sujeita a características próprias do organismo e que são essencialmente variáveis. Dentro dessa gama de variações é que está incluída a normalidade, tanto física como fisiológica. Acrescente-se também à ocorrência de flutuações do estado normal de acordo com as circunstâncias, como é o caso do volume sangüíneo na prenhez a fora dela, e dos processos de aclimatação.
Assim sendo, para se poder chegar a definição mais precisa de saúde, convirá esclarecer, da melhor maneira possível, o que vem a ser o estado de doença. Daí a definição de doença como sendo o conjunto de fenômenos desenvolvidos em organismos, associados a uma característica, ou série de características comuns, que diferenciam esses organismos dos normais da mesma espécie, e de maneira a situá-los em posição biologicamente desvantajosa em relação àqueles. Com o objetivo de detectar a noção comum de doença, foram feitos inquéritos abrangendo leigos e profissionais da medicina. Os resultados têm demonstrado que, entre os primeiros, a doença tende a ser encarada como agente causador da afecção, isto é, as doenças existem e cada uma causa tipo peculiar de enfermidade. Por sua vez, os profissionais da área médica tendem a utilizar o nome de doença para designar conjunto de processos biológicos anormais, sem focalizarem implicações etiológicas. Assim desde que se considere esse pressuposto conceitual, pode-se estendê-lo ao entendimento amplo do que se poderia designar como agravo à saúde, e não apenas ao sentido comum aplicado à doença. E, da mesma maneira, subordinando-o à sobrevinda da desvantagem biológica, que se traduz por afetar o grau de capacidade fisiológica. Assim, o já mencionado gradiente de sanidade se estenderá desde o completo desempenho biológico do organismo, até o outro extremo, onde aquela desvantagem terá chegado ao máximo compatível com a vida, correspondendo assim à total incapacidade fisiológica, e conseqüentemente à morte. Como se pode ver, essa conceituação focaliza a doença ou agravo em seu sentido estrito, ou seja, manifesto de forma patente. Mas essa manifestação, de acordo com a etapa do processo que vier a ser considerada, pode não estar presente, como se verá a seguir.
De qualquer maneira, a resposta à questão sobre a natureza da doença deverá obrigatoriamente levar em conta esse fenômeno como processo resultante de respostas a estímulos ou agentes, originários de várias condições ambientais. Aquelas, por sua vez, sujeitas à influência do patrimônio gênico. Quando a resposta ultrapassar os limites da normalidade levará à situação de doença, com seus diversos quadros patológicos e clínicos. Sob o ponto de vista ecológico, pois, o estado de doença nada mais seria do que conseqüência de mecanismo de adaptação. O organismo humano apresenta várias feições de natureza adaptativa que ainda não lograram atingir nível completo. Tal é o caso dos desvios da coluna vertebral e das alterações vasculares da circulação de retorno, como varizes e hemorróidas, que são propiciadas pela adoção da postura ereta, além daquele dos processos degenerativos conseqüentes da longevidade. Assim sendo, é de se considerar como ponderável o papel desempenhado pelo processo e adaptação na gênese do estado de doença ou, em termos gerais, de agravo à saúde. Em decorrência, pode-se estabelecer a definição de saúde, em termos ecológicos, e que pode ser enunciada como a perfeita e contínua adaptação do organismo ao seu ambiente. A instalação da enfermidade, como etapa da doença ou agravo, corresponde ao advento da sintomatologia corresponde ao quadro clínico e consenqüentemente, à sobrevinda da desabilidade funcional. Distingue-se pois a doença ou agravo, em senso lato, da enfermidade clínica, ou doença em senso estrito.

SAÚDE

Apesar de Abdellah não ter nunca definido saúde em si, seu conceito de saúde pode ser descrito como o padrão dinâmico de funcionamento, em que existe uma contínua interação das forças internas e externas que resulta no uso ideal de recursos necessários e serve para minimizar as vulnerabilidades. A ênfase deve ser colocada sobre a prevenção e a reabilitação, tendo o bem-estar como meta para toda a vida. Ao realizar as ações de enfermagem atra vés de uma abordagem holística, a enfermeira ajuda o cliente a adquirir um estado de saúde. No entanto, para desempenhar efetivamente essas ações, a enfermeira deve identificar corretamente as faltas ou as defïciências relativas à saúde que o cliente está apresentando. Essas faltas ou deficiências são as necessidades de saúde do cliente.

ENFERMEIRO

É um agente de mudanças: através das atividades da enfermagem ele visa encontrar relações entre o homem e o ambiente, no processo vital. Visa incorporar novos conhecimentos e processo instrucional para encontrar uma maneira de ação. O enfermeiro de amanhã será diferente do de hoje, e o de hoje é diferente do de anos passados.
Os novos horizontes da enfermagem exigem do profissional responsabilidade de elaboração das bases científicas desta ciência em desenvolvimento. O enfermeiro deve estar motivado para acompanhar os conhecimentos e para aplicá-los, bem como para realizar investigações e pesquisas.

O QUE É ENFERMAGEM

É uma ciência e uma arte. A ciência da enfermagem deseja proporcionar um corpo de conhecimentos abstratos, resultantes de pesquisas científicas e análises lógicas, e deseja ser capaz de transferir esses conhecimcntos para a prática. O uso criativo e imaginativo do conhecimento para a melhoria do homem encontra expressão na arte da enfermagem.
É uma ciência empírica, cujo propósito é descrever e explicar o fenômeno central de seu interesse (o homem, indivíduo ou grupo) e de predizer a seu respeito; descrição, explanação e predição são os precursores da intervenção baseada em conhecimentos.
Cabe à enfermagem desenvolver atividades para a manutenção e promoção da saúde, bem como para a prevenção de doenças, sendo de sua responsabilidade o diagnóstico e a intervenção de enfermagem. Seu objetivo é assistir as pessoas para atingirem seu potencial máximo de saúde.
Os princípios para guiar a prática emergem do sistema conceitual, cujo fenômeno é o processo vital. A prática da enfermagem procura promover a interação sincrônica entre o homem e o ambiente, fortalecer a coerência e a integridade do corpo humano, e dirigir e redigir a padronização dos campos humanos e ambientais para a realização máxima do potencial de saúde. Saúde e doença estão submersos na totalidade sinergética do homem; desvios ao longo do eixo vital resultam da complementação sincrônica do Homem e do ambiente.
A prática é criativa e imaginativa. Está fundamentada em conhecimentos abstratos, julgamento intelectual e compaixão humana.
Os objetivos da enfermagem tomam e adicionam dimensões na medida em que conhecimentos teóricos proporcionam direções à prática. A enfermagem está se dirigindo a uma nova era: a do preenchimento das necessidades humanas.

ENFERMAGEM SIMBOLOGIA



Simbologia aplicada à Enfermagem



Os significados dados aos símbolos utilizados na Enfermagem, são os seguintes:



Lampada: caminho, ambiente



Cobra: magia, alquimia



Cobra + cruz: ciência



Seringa: técnica



Cor verde: paz, tranquilidade, cura, saúde



Pedra Símbolo da Enfermagem: Esmeralda



Cor que representa a Enfermagem: Verde Esmeralda



Símbolo: lâmpada, conforme modelo apresentado.



Brasão ou Marca de anéis ou acessórios:Enfermeiro: lâmpada e cobra + cruz




Técnico e Auxiliar de Enfermagem: lâmpada e seringa


Enfermeiros e Acadêmicos de Enfermagem


Técnicos e Auxiliares de Enfermagem



domingo, 10 de maio de 2009

1- Evolução Histórica da Enfermagem:
Segundo Collière(1989) existem três grandes etapas no histórico de enfermagem.Desde os primórdios da humanidade, que todos os cuidados, como refere Collière(1989) “ desde que surge a vida que existem cuidados porque é preciso” tomar conta” da vida para que ela possa permanecer”.Esses cuidados eram efectuados pelas mulheres, cujos conhecimentos eram transmitidos de geração em geração.
Após a Idade Média até ao fim do século XIX, a prática dos cuidados estava associada com a mulher consagrada. Esta praticava “trabalhos de caridade” que incluía alimentar famintos, visitar prisioneiros, etc. .Do início do século XX aos anos 60, a prática de cuidados era realizada pela mulher-enfermeira, auxiliar do médico.A enfermeira servil subordinada ao homem( médico), este delegava-lhe funções que considerava menos importantes.Segundo Strachey (1996) cit. por Lopes(2000)” as enfermeiras eram conhecidas, nos hospitais ingleses, pela sua conduta imoral e pouco fiável.”; os cuidados eram prestados por prostitutas ou prisioneiras.Assim começam os “Anos negros da enfermagem” em que os indivíduos que não conseguiam encontrar emprego, cuidavam dos doentes.Desde os anos 60, ocorreram vários estudos para o desenvolvimento da enfermagem, Nightingale cit. por Lopes contribuiu através de “uma atitude de ruptura com o que estava instituído até então, dado que, a par de defender a necessidade de formação defendia a delimitação de saberes e de actuação face aos médicos.

Foram desenvolvidas áreas a nível: do ensino, da prática, das condições laborais, da definição do papel de enfermagem e a sua imagem.A perspectiva de cuidar em enfermagem tem-se salientado nas últimas décadas, alterando assim a predominante orientação voltada para o tratar. Actualmente existem estas duas concepções se contrapõem, influenciando a prática.

Assim temos a concepção orientada para o tratar e outra orientada para o cuidar.

1.1-Orientações Dominantes em Enfermagem

1.1.1- Concepção Orientada para o Tratar:

Com a evolução das sociedades, verificou-se um avanço científico e tecnológico principalmente a partir dos finais do século XIX, influenciando a prestação de cuidados de saúde devido ao poder médico.No modelo biomédico: “O modelo de tratar, em que predomina uma orientação mais instrumental, resultou, em grande parte, de exigências de conhecimentos decorrentes do desenvolvimento da técnica médica, relacionada, sobretudo, com procedimentos de diagnóstico e terapêutica” (Maanen,1979; Cit. por Ribeiro, L.).Na concepção orientada para o tratar está implícito o Modelo Biomédico que possui as seguintes características, segundo Ribeiro et al.(1995):- o objectivo da actividade profissional centra-se no diagnóstico e no tratamento tentando atingir-se um objectivo final “a cura”.- o ser humano é considerado um ser biológico constituído por partes, sendo a homeostasia biológica igual a saúde.- a pessoa é vista como uma máquina existindo diversos especialistas, para reparar as partes dessa máquina.- a pessoa é considerada um sujeito passivo no processo de cuidar, na sua recuperação.

- o critério do sucesso dos cuidados é a cura, sendo considerada a qualidade máxima.. “A participação do doente é quase nula, já que a enfermeira tem tendência para centrar a actuação nos cuidados físicos (tratamento, higiene, arranjo do ambiente circundante) o que faz para o utente em vez de com o utente” (Colliére, 1989). A prioridade de cuidados baseia-se essencialmente na excelência de cuidados físicos em detrimento de outros cuidados que não são reconhecidos, ou não lhes é dada devida importância (actividades de competência relacional). “O processo de profissionalização das enfermeiras têm vindo a adoptar o modelo bio-médico, sendo os cuidados de enfermagem sobretudo os cuidados técnicos orientados e determinados pela doença” (Collière,1989)Assim, a actividade de enfermagem torna-se muito dependente e subordinada aos aspectos médicos e à sua prática, sendo influenciada essencialmente pelo objectivo da cura do doente.Apesar desta concepção ter dominado a prática de enfermagem durante vários anos, nomeadamente até à década de 70, hoje começa a ser questionada pois não satisfaz os profissionais de saúde, surgindo uma nova concepção orientada para o cuidar.Tal como refere Ribeiro(1995) cit. por Mendes,J. ”o cuidar é um imperativo imposto pela falência do tratar devendo estar presente ao longo do tratamento”.Assim surge a necessidade de aprofundar o estudo dos modelos próprios de enfermagem que valorizem uma intervenção orientada para o cuidar.

1.1.2- Concepção orientada para o cuidar:

Com a evolução e o desenvolvimento da profissão de enfermagem ao longo das últimas décadas surgiu a necessidade duma constante mudança imposta pela sociedade.A partir dos anos 80, conhecida como década do cuidar, devido “ao prolongamento da vida em doentes incuráveis e o aumento dos idosos constituem um desafio para as enfermeiras” (Meyer,1991; cit. Ribeiro, L. 1995).A partir desta década verificou-se que o tratar não satisfazia as necessidades destes doentes, era essencial algo mais para que o doente alcançasse um bem estar, não só físico, mas também moral, psicológico e social. Assim, surgiu uma perspectiva orientada para o cuidar.Esta concepção orientada para o Cuidar assenta numa visão holística do indivíduo em que a acção é centrada no utente como sujeito de cuidados, promovendo o seu bem estar, estando inserido numa perspectiva biopsicossociocultural. Esta orientação é utilizada segundo o “Modelo do Indivíduo Total” em alternativa ao Modelo Biomédico.
“O cuidar é, assim, algo de universal e de todos os tempos, podendo mesmo falar-se do cuidar natural como sendo uma atitude inerente a certas relações entre indivíduos, aí cabendo a relação mãe e filho”
(Fry,1989)O cuidar tem-se tornado um eixo central de reflexão e debate nestes últimos anos, na tentativa de clarificar este conceito foram realizados vários estudos de investigação, por diferentes autores. Sendo a Florence Nightingale, pioneira no processo reflexivo da disciplina de enfermagem demonstrou que distribuir medicamentos e fazer pensos não seria suficiente para assegurar a sobrevivência dos doentes, era necessário “desencadear tudo o que mobiliza a sua energia, o seu potencial de vida”.

Nightingale salientou o cuidar como algo de humano e de profundo. O cuidado para ela consiste no serviço à humanidade que se baseia na experiência e observação, ajudando a pessoa saudável ou doente a obter as melhores condições possíveis, de forma a que a natureza possa agir sobre este. Para Virgínia Henderson, o cuidar centra-se na independência da pessoa para a satisfação das suas necessidades básicas. “Ser enfermeira consiste em atender o indivíduo, são ou doente, na execução das actividades que contribuem o mais rapidamente possível para a sua saúde, restabelecimento e independência, ou para uma morte serena”
( Henderson V.,1966). Esta definição apela para o conceito de cuidar, como algo essencial à vida. Para Colliére, cuidar: “é um acto de vida, que tem primeiro e antes de tudo, como fim, permitir à vida continuar a desenvolver-se”
(Colliére, 1989). Está assim, relacionado com a ancestralidade remota da espécie humana. Os cuidados são desenvolvidos para cuidar da própria vida, pois só assim poderia permanecer a espécie. Posteriormente surgiram os conceitos de velar, cuidar e tomar conta. Estes são conjuntos de actos de vida individuais, que representam uma variedade infinita de actividades que visam manter, sustentar a vida, reproduzir-se permitindo perpetuar a vida do grupo. Cuidar é pois manter a vida garantindo a satisfação de um conjunto de necessidades indispensáveis à mesma. Cuidar é um acto individual que prestamos a nós próprios desde que adquirimos autonomia, mas é igualmente um acto de reciprocidade que somos levados a prestar a outra pessoa que tem temporariamente ou definitivamente necessidades de ajuda.

Colliére propõe duas naturezas diferentes de cuidados de enfermagem:

Os Cuidados quotidianos ou habituais, relacionados com a continuidade da vida, representam todos os cuidados permanentes e quotidianos para sustentá-la, reabastecendo-a em energia, seja de natureza alimentar a necessidade de água (hidratação, higiene), calor, luz ou de natureza afectiva, psicossocial, havendo interacção entre eles. Estes cuidados fundamentam-se em toda a espécie de hábitos de vida, costumes e crenças.
-Os Cuidados de reparação, encontram-se relacionados com a necessidade de reparar o que constitui obstáculos à vida. Permitem assegurar a continuidade da vida, quando esta se depara com obstáculos ou entraves, sendo os principais: a fome, a insuficiência de recursos em energia, doença, acidentes e guerra...Caso prevaleça o curar ao cuidar, ou seja, os cuidados de reparação aos cuidados quotidianos e habituais, ocorre a aniquilação progressiva de todas as forças vivas da pessoa, porque há esgotamento das fontes de energia vital. Esta aniquilação pode ir até à deterioração irreversível.
Para Mayeroff, no seu livro “On Caring” aborda o cuidar definindo: “cuidar é ajudar o outro a crescer e a realizar-se”, sendo este um processo uma forma de se relacionar com alguém.
McFarlane(1976), considera o cuidar como uma série de actividades de ajuda. (Kyle,1995)Segundo Griffin, que elabora uma análise filosófica do cuidar, este cita que cuidar:
”é uma característica estrutural do crescimento e desenvolvimento humano, sendo através dele que as pessoas podem manifestar a sua dimensão mais altruísta e solidária”. ( cit. por Constança Festas, 1999).
Para Simone Roach,“o cuidar embora não sendo único à enfermagem, no sentido de a distinguir das outras profissões, torna-se único, no sentido que, de entre as outras características descritas para a enfermagem, é considerado a sua essência, onde as outras características se integram e corporizam” . ( cit. por Constança Festas, 1999).
Para Janice Morse, o cuidar é visto em várias perspectivas: como um traço humano, como um imperativo moral; como um afecto; como uma relação interpessoal e como uma intervenção específica.O traço humano refere-se à capacidade de cuidar, que não é igual para todos os indivíduos, não sendo portanto uma característica uniforme. Considera também “que a capacidade de cuidar pode ser desenvolvida, despertada ou inibida, através da experiência educacional e principalmente pela presença de modelos de cuidar”. ( cit. por Constança Festas, 1999). Cuidar como imperativo moral é visto como uma adesão a um compromisso de manter a dignidade do indivíduo que necessita de cuidados contribuindo assim para a elaboração de todas as acções de enfermagem.Como um afecto, cuidar implica que haja um envolvimento emocional e/ou um sentimento empático para com a experiência do doente. Cuidar é uma relação interpessoal que personaliza a relação enfermeiro/cliente como o fundamento do cuidar humano ou meio pelo qual é expresso. Cuidar como uma intervenção específica ou terapêutica, pois envolve as condições necessárias para acções do cuidar, sendo algumas delas: ouvir atenciosamente, presença afectiva, tocar, competência técnica, ensinar ou defender o doente.
Segundo Dorothea Orem, o cuidar é um campo de conhecimento e de serviço humano que tende a cobrir as limitações da pessoa no exercício do auto cuidado relacionados com a sua saúde e reforçar as capacidades de autocuidado.Orem`s (1985), apresenta a teoria do auto-cuidado, na qual domina a prática de enfermagem, que pode ser descrita em actividades que providenciam o cuidar. Ela apresenta 5 métodos gerais de prestar ajuda ou assistência na qual se inclui, acção para ou fazer para o outro, orientá-lo, dar apoio e providenciar um ambiente que promove o desenvolvimento pessoal. (adaptado de Kyle, 1995).
Weiss (1988), propõe um modelo de cuidar que consiste em 3 componentes comportamentais: verbal, não verbal e técnico. Este foca um processo holístico do cuidar em enfermagem. Ela define o cuidar como um processo, que ocorre quando a enfermeira harmoniosamente demonstra 3 componentes do cuidar – cuidar verbal, cuidar não verbal e comportamentos técnicos. Para que o cuidar esteja presente é necessário estas 3 componentes coexistam..
Para Peplau, o cuidado é uma relação interpessoal, orientada com o objectivo de desenvolver a personalidade.
Segundo Imogene King, esta atribuí importância à interacção enfermeiro/cliente em que através de transacções pretende-se o atingir de metas mútuas.
Para Marta Rogers em 1970, salienta cuidar como algo que promove a harmonia entre o Homem e o ambiente ( Kérouac e outros 1994).
Segundo Leininger e Watson (citado por Roach,1993) afirmam que o cuidar é âmago da enfermagem, conceptualizando-a como a ciência humana , sendo o cuidar um domínio central e unificador.
Para Leininger, o cuidar é a essência da humanidade, sendo essencial para o desenvolvimento e sobrevivência humana. Sendo este um fenómeno universal que se expressa por acções de acordo com as diferentes culturas por parte de quem cuida e de quem é cuidado.Para a autora anteriormente mencionada “o foco mais unificado dominante e o centro intelectual e prático na enfermagem é o cuidar” e que “não há disciplina que esteja tão directa e intimamente envolvida com o cuidar, necessidades e comportamentos do que a disciplina de enfermagem”. (Servir, Vol. nº43, nº1). Leininger apresenta alguns pressupostos gerais em relação aos cuidados:
“Cuidar é enfermagem; Cuidar é o corpo e alma da enfermagem; cuidar é tratar; cuidar é poder; cuidar é curar; cuidar é essencial para a saúde e bem-estar das pessoas e para enfrentar a incapacidade e a morte”.
(Leininger, 1997)Estes pressupostos gerais conduzem ao desenvolvimento das seguintes premissas, que se encontram relacionadas com a teoria dos cuidados culturais (Enfermagem Transcultural) que esta defende:-Cuidar é a essência da enfermagem e o seu foco destacado, dominante, central e unificador.
-Cuidar é essencial para o bem-estar, a saúde, a cura, o crescimento , a sobrevivência e para fazer face às deficiências ou à morte.
-Cuidar é essencial para curar e sarar, ou seja, não há tratamento sem cuidados
A Enfermagem é uma disciplina de cuidados transcultural, humanística e científica, e uma profissão cujo objectivo central é servir os seres humanos em todo o mundo.
-Os Cuidados Culturais são o meio holístico mais amplo de conhecer, explicar, interpretar e predizer o fenómeno dos cuidados de enfermagem e, assim, orientar as práticas de cuidados de enfermagem.
-Cuidados de Enfermagem benéficos, saudáveis satisfatórios e culturalmente orientados contribuem para o bem-estar dos indivíduos, das famílias, dos grupos e das comunidades inseridas nos seus contextos ambientais.
( Leininger, 1997)

Modular Object-Oriented Dynamic Learning Environment - Moodle

Moodle é um software livre, de apoio à aprendizagem, executado num ambiente virtual. A expressão designa ainda o Learning Management System (Sistema de gestão da aprendizagem) em trabalho colaborativo baseado nesse programa. Em linguagem coloquial, o verbo to moodle descreve o processo de navegar despretensiosamente por algo, enquanto fazem-se outras coisas ao mesmo tempo.

O conceito foi criado em 2001 pelo educador e cientista computacional Martin Dougiamas. Voltado para programadores e acadêmicos da educação, constitui-se em um sistema de administração de atividades educacionais destinado à criação de comunidades on-line, em ambientes virtuais voltados para a aprendizagem colaborativa. Permite, de maneira simplificada, a um estudante ou a um professor integrar-se, estudando ou lecionando, num curso on-line à sua escolha. Nas palavras do próprio Dougiamas, baseando-se na pedagogia sócio-construtivista:

(...) não só trata a aprendizagem como uma atividade social, mas focaliza a atenção na aprendizagem que acontece enquanto construímos ativamente artefatos (como textos, por exemplo), para que outros os vejam ou utilizem.

O programa é gratuito (ver licença GNU-GPL) e pode ser instalado em diversos ambientes (Unix, Linux, Windows, Mac OS) desde que os mesmos consigam executar a linguagem PHP. Como base de dados podem ser utilizados MySQL, PostgreSQL, Oracle, Access, Interbase ou ODBC. É desenvolvido colaborativamente por uma comunidade virtual, que reune programadores e desenvolvedores de software livre, administradores de sistemas, professores, designers e usuários de todo o mundo. Encontra-se disponível em diversos idiomas, inclusive em português.

Muitas instituições de ensino (básico e superior) e centros de formação estão adaptando a plataforma aos próprios conteúdos, com sucesso, não apenas para cursos totalmente virtuais, mas também como apoio aos cursos presenciais. A plataforma também vem sendo utilizada para outros tipos de atividades que envolvem formação de grupos de estudo, treinamento de professores e até desenvolvimento de projetos. Muito usado também na Educação a distância. Outros sectores, não ligados à educação, também utilizam o Moodle, como por exemplo, empresas privadas, ONGs e grupos independentes que necessitam interagir colaborativamente na Internet.

Vale lembrar também que o Moodle possui uma leve semelhança com o mundialmente conhecido Orkut, com a diferença de ter seu direcionamento focado na educação e interação entre estudantes e professores.

Os cursos Moodle podem ser configurados em três formatos, de acordo com a atividade a ser desenvolvida:

  • Formato Social – em que o tema é articulado em torno de um fórum publicado na página principal;
  • Formato Semanal - no qual o curso é organizado em semanas, com datas de início e fim;
  • Formato em Tópicos - onde cada assunto a ser discutido representa um tópico, sem limite de tempo pré-definido.

Os recursos disponíveis para o desenvolvimento das atividades são:

  • Materiais
  • Avaliação do Curso
  • Chat
  • Diálogo
  • Diário
  • Fórum
  • Glossário
  • Lição
  • Pesquisa de Opinião
  • Questionário
  • SCORM
  • Tarefa
  • Trabalho com Revisão
  • Wiki

Principais características

Plataformas similares